segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cotas - Cidadania ou preconceito?

No último 17 de julho, as cotas raciais foram instituídas na Universidade Federal de Brasília. Estas cotas consistem na reserva de 20% das vagas das Universidades públicas para candidatos negros.

Mas o que elas representam na verdade? Seriam realmente necessárias para a inclusão social daqueles que necessitam? Ou apenas uma maneira disfarçada de trazer para sociedade um novo tipo de racismo?

A verdade é que as cotas terminam sendo um tiro na culatra para a inclusão social, pois ao invés de favorecer a parcela da população com menos condições, termina por restringir ainda mais o acesso dos estudantes vindos de escolas públicas e de classes sociais mais baixas, se os mesmos não forem considerados negros.




Essa é a opinião do Partido dos Democratas (DEM), que entrou com uma ação contra o sistema de cotas das Universidades públicas, o partido defende que a reserva de vagas seria um retorno ao nazismo, pois consiste numa ofensa aos estudantes preteridos por não pertencerem a raça certa.

O sistema de cotas em si não deixa de ser uma idéia interessante, a maneira como está sendo aplicado é que não condiz com a realidade brasileira.

Num país mais marcado pela pobreza de grande parte da população é injusto que apenas pessoas de etnia negra sejam beneficiadas. E os índios, brancos e pardos que também não têm condições de competir com a elite brasileira? Estes não merecem nenhum tipo de assistência? Melhor seria um sistemas de cotas destinado a estudantes de escolas públicas ou bolsistas em escolas particulares. O que iria abranger a todos que se encontram em determinada classe social.

O que o nosso país precisa é de um sistema de inclusão social que funcione realmente, não apenas uma ilusão de que está trazendo cidadania a população.

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