sábado, 16 de agosto de 2008

Uma Mudança de Rotina


Eram seis e meia da noite, estava esperando um ônibus na parada. Um ônibus para, eu entro e sigo o meu caminho. O ônibus estava vazio, e então ele para em uma outra parada, e rapidamente o ônibus lota. Até que uma senhora com os seus setenta e poucos anos senta do meu lado.
Até que a senhora diz:
- O meu filho também estudava no Colégio Militar.
Eu sorrio, como sempre,e digo:
- E por que ele saiu?
Ela diz olhando para o chão imundo do ônibus:
- Ele não saiu, ele morreu.
Eu olho para o chão também e digo:
- Morreu de que?
- Morreu de câncer,câncer no fígado.
O assunto morre por alguns minutos, e ela pergunta:
- E você, o que você pretende fazer quando terminar o colegial?
- Eu quero formar em direito, e ser promotor de justiça.
- O meu filho também queria ser advogado, ele era muito estudioso.
Olhando para a senhora, vi que ela não era casada,ou pelo menos não usava aliança, e então eu soltei uma pergunta:
- A senhora é casada?
- Não, o meu marido morreu também, um mês antes do meu filho morrer ele se foi, e ele também morreu de câncer, só que foi no pulmão, ele fumava muito.
- O meu carro quebrou, por isso eu peguei o ônibus.
A senhora era bem vestida, levava com ela uma bíblia.
- A senhora tá indo para onde?
- Tô indo para a Igreja, hoje faz um ano da morte do meu filho.
- Aham.
- Você parece muito com o meu filho.
Não disse nada.
- Tô cansada.
- Eu também.
Paramos em uma parada de ônibus,próxima a Igreja e ela diz:
- Fui hoje no hospital, e o médico me disse que estou com um câncer em estado terminal, e tenho no máximo um mês de vida, então como não tenho mais ninguém...
A senhora tira um chave do bolso com uma etiqueta na chave, escrito um nome de banco,uma conta, e uma senha, e me dá.
- Toma, você parece muito com o meu filho, e ele gostaria que eu desce isso a você; pode ficar.
- Obrigado senhora.
- De nada, e qual é o seu nome inteiro?
- Leandro Albuquerque de Lima.
- O mesmo nome do filho.
Fiquei surpreso. E ela parou na porta do ônibus e diz:
- Obrigada.
Ela saiu, e eu nunca mais a vi.
Passou 2 semanas, e eu nunca mais tinha visto ela. Então eu resolvi ir no banco que indicava na etiqueta da chave, entreguei a chave ao gerente. E ele disse:
- Qual é o seu nome?
- Leandro.
- Venha comigo senhor Albuquerque.
Fiquei pensando: Como ele sabe o meu nome? Me levou até o subsolo do banco, onde tinha um cofre, imenso. Entramos no cofre. O gerente pediu que eu lhe desse a chave, que ele usou pra abrir uma gaveta imensa que ficava dentro do cofre.

O gerente então diz:
- Essa é a conta dá senhora Chevchenko.
Tinha mais de 200 milhões em ouro ali, tinha também uma chave da casa e do carro.
- A senhora Chevchenko deixou essa carta pra você.
Esta escrito: "Muito Obrigada Leandro,seja feliz e aproveite a vida."
- Quer fazer um saque?
- Não, obrigado.
Ele perguntou:
- Você é o que dá senhora Chevchenko?
- Nada, conheci ela no ônibus.
- Aham, e ela colocou você como seu dependente só porque te conheceu no ônibus.
- E onde esta a senhora Chevchenko?
O gerente diz:
- Ela morreu há umas duas semanas de câncer no pâncreas, estava em estado terminal.
Peguei a chave da casa dela, e fui embora do banco. Sabendo que era agora milhonário.

Continua...
Sexta-feira que vem tem mais, aguardem.



1 comentários:

Anônimo 17 de agosto de 2008 às 00:14  

linkei vcs no meu blog, porque adorei esse blog, muito legal

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